Arquivo | abril, 2012

Professor da UGF lança programa para orientar os jogadores no pós-carreira

17 abr

Por Annally Lima (Publicado no site da UGF em 11/10/2011)

O texto abaixo ainda é da minha passagem pela Gama Filho, afinal foi um ano de intensa produção de conteúdo.

Em entrevista ao Jornal do Comércio, o professor Jorge Farias explica como funciona o programa de consultoria

A vida após o futebol. Talvez decidir o que será feito no futuro seja a escolha mais difícil para um atleta. E a necessidade de se pensar nesse futuro fez um novo mercado se abrir: a gestão da segunda carreira do jogador.

O professor do curso Administração e Marketing Esportivo da Universidade Gama Filho, Jorge Farias, explicou em entrevista ao Jornal do Comércio de Porto Alegre como funciona o projeto Prorrogação lançado por ele em conjunto com o ex-gestor do Internacional, Newton Drummond.

O Prorrogação conta com uma equipe de experientes profissionais e tem como objetivo cuidar da ocupação e do desenvolvimento profissional do esportista e até mesmo da família dele.

“Há um preconceito na cabeça de muitos deles que pensar no pós-carreira é aposentadoria. Eles não querem nem ouvir falar disso” identifica Jorge Farias que também é dono da Accion Consultoria Empresarial.

Nesse programa o jogador recebe apoio para buscar novos campos de atuação, para avaliar um novo perfil profissional, além de desenvolver o marketing pessoal e identificar o reposicionamento profissional.

“Avaliamos a melhor opção a partir dos gostos do jogador e traçamos um plano de negócio. Um perfil bem identificado e um plano bem traçado elimina em muito a chance de falhas.” Afirma Farias.

O consultor ainda lembra que devido ao desgaste da profissão, a pressão no campo e no vestiário, nem todos os atletas querem se manter no ramo, querem mudar de vida literalmente.

Essa ideia partiu da experiência de Newton Drummond no dia a dia dentro dos clubes. Trabalhar com a família também se torna fundamental, há atletas que pedem para buscar alternativas de trabalho para os pais, irmãos.

O professor diz que esse tipo de consultoria ajuda tanto aos jogadores com salários mais baixos, quanto aos com salários mais elevados.

A equipe do Prorrogação mostra a importância de se ter uma previdência privada, condições para criar uma renda mínima e assegurar um imóvel. A imagem, após a carreira também pode ser uma fonte de renda, segundo o especialista.

O programa começou a atuar com jovens jogadores em início de carreira para prepará-los desde cedo para o término da carreira nos campos.

Dia do Jornalista é o dia do Jornalismo

7 abr

Extraído do Sindicato dos Jornalista dos Estado de São Paulo

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A Federação Nacional dos Jornalistas saúda neste 7 de abril, Dia Nacional dos Jornalistas, a todos trabalhadores e trabalhadoras que, nas redações de jornais e revistas, estúdios de rádio e TV, nas mídias eletrônicas, escolas e assessorias de imprensa; escrevendo, editando, desenhando, fotografando, filmando, ensinando, narrando ou apresentando notícias em todos suportes, exercem esta profissão que é um dos pilares mais visíveis da democracia.

A FENAJ homenageia a todos aqueles que, com condições de trabalho quase sempre aquém do necessário, ajudam a consolidar o estado de direito. Lembra, neste dia, a saga heróica de militantes da notícia que arriscaram sua integridade, sua liberdade e sua vida. Exige do estado brasileiro a imediata investigação da morte Wladimir Herzog e de todos os jornalistas que foram presos e torturados pela ditadura militar.

A FENAJ reivindica liberdade, condições de trabalho e remuneração justas e dignas por parte daqueles que enriquecem utilizando a força de trabalho dos jornalistas brasileiros. Para isto propõe um piso salarial nacional para a categoria, de maneira a garantir a qualidade de vida e a independência no exercício de sua profissão.

A FENAJ alerta ao estado brasileiro para o perigoso crescimento dos crimes contra a integridade e a vida dos jornalistas. Exige a apuração dos crimes contra jornalistas no exercício de seu trabalho e o julgamento de todos os envolvidos. Também reivindica a federalização dos crimes contra estes profissionais como medida eficiente contra a impunidade.

A FENAJ compartilha com os cursos de Jornalismo, seus professores e alunos, a certeza que superaremos de uma vez por todas esta situação constrangedora criada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), quando da decisão desastrada e obscurantista da retirada da exigência da formação superior para o exercício do Jornalismo. Agradece, mais uma vez, ao parlamento brasileiro que, sintonizado com a opinião pública, está restituindo a dignidade para o jornalista e a qualidade do Jornalismo para a sociedade.

A FENAJ, finalmente, convida os cidadãos para – ao homenagear seus jornalistas – defenderem um Jornalismo de qualidade: independente, informativo e ético, que assegure a liberdade de expressão contida na constituição brasileira, reconhecendo que esta liberdade não é propriedade privada de jornalistas ou empresas de comunicação e sim propriedade do cidadão brasileiro.

Viva aos jornalistas, lutadores da democracia.

Direção da Federação Nacional dos Jornalistas

Assédio Sexual no Trabalho: O que fazer?

3 abr

Por Annally Lima ( Publicado no blog Sou Diva em 17/09/2011)

Muitas mulheres sofrem caladas com esse mal que atinge diretamente a carreira e o rendimento profissional

 Desde o momento em que as mulheres ingressaram em massa no mercado de trabalho têm passado por algumas situações que as impedem de ter uma real igualdade entre elas e seus colegas homens.

As situações mais corriqueiras são a desigualdade no plano de carreira, na remuneração e nas oportunidades, mas há também um problema profundo,  tão encoberto que sequer são citados, como o assédio sexual no ambiente de trabalho.

Com um pouquinho de curiosidade fomos pesquisar em um dicionário; a própria origem da palavra nos dá uma dica: assédio vem do latim obsidere, que significa ‘pôr-se diante’, ‘sitiar’, ‘atacar’.

Como identificar a situação de assédio

É claro que o assédio é sempre uma ação de poder, ou seja, o assediador é um superior hierárquico da pessoa assediada. Nada mais é que uma proposta ou uma insinuação sexual repetida e não desejada por uma das partes. Essa proposta ou insinuação pode ser verbal, subentendida, gestual ou física. A partir disto fica claro concluir que o assédio sexual também é uma chantagem do tipo “se você não fizer o que eu quero, posso te prejudicar”.

O que diz a Organização Internacional do Trabalho?

A OIT é um órgão das Nações Unidas (ONU) e caracteriza assédio sexual no trabalho quando há presença de uma das seguintes particularidades atingindo a pessoa assediada:

• ser claramente uma condição para dar ou manter o emprego;

• influir nas promoções e/ou na carreira;

• prejudicar o rendimento profissional;

• humilhar, insultar ou intimidar.

A pessoa não é culpada pelo assédio

Muitas vezes a mulher fica com a mente atordoada e se pergunta coisas do tipo: “será que eu estou me vestindo da maneira errada?”, “será que eu dei algum sinal para que ele avançasse?”, ou ainda os próprios colegas de trabalho em atitude machista insinuam que a única culpada pelo assédio são as próprias vítimas, pela maneira de se comportar, de se vestir. Entretanto, devemos enfatizar que assédio não é uma forma de flertar, mas uma chantagem exercida por alguém hierarquicamente superior.

Assédio não é flerte

Não podemos confundir assédio sexual com flerte, paquera ou cantada. Lutar contra o assédio não é impedir que haja atração entre colegas de trabalho e que eles se relacionem, é claro que este tipo de ambiente requer maior discrição, mas devemos ter em mente que o assédio nunca é recíproco, ele sempre alia os sentimentos de desejo e poder apenas de um dos lados. É a mesma coisa que uma barganha, um favor sexual em troca de alguma coisa.

Violência e crime

O assédio é uma forma de violência uma vez que coage a vítima. Ele geralmente é repetitivo, a estratégia do assediador é de convencer pela insistência. Desde maio de 2001 nossa legislação passou a tratar o assédio sexual como crime, previsto no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro, punido com detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

As consequências

Muitas mulheres que sofreram assédio tiveram suas carreiras destruídas ou perderam seus empregos ao dizerem não ao assediador. Aliado a isso sofreram danos emocionais, tais como estresse, perda de concentração, insegurança, baixa auto-estima; também sofreram danos de ordem profissional, pois faltam mais ao trabalho e têm o salário reduzido.

O que fazer em caso de assédio?

A primeira coisa, e a mais importante é romper o silêncio. Sair da posição submissa e dizer NÃO ao assediador, além de providências como:

• contar para as/os colegas o que está acontecendo;

• reunir provas, como bilhetes, presentes e outras;

• arrolar colegas que possam ser testemunhas;

• reportar o acontecido RH da empresa;

• reportar o acontecido ao Sindicato;

• registrar queixa na Delegacia da Mulher e, na falta dessa, em uma delegacia comum.

Para acabar de vez com essa violência

Lutar contra o assédio sexual não é uma guerra entre homens e mulheres. Essa é uma luta de todos, inclusive de homens que têm esposas e filhas que trabalham fora; para todos aqueles que desejam um ambiente de trabalho agradável e por um mínimo de coerência querem justiça.

A luta contra o assédio faz parte da luta pelos direitos de todos os seres humanos para um mundo melhor.