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Estamos Órfãos: Millôr Fernandes morre aos 88 anos

28 mar

Hoje vou fazer diferente da proposta inicial desse blog. Vou postar um comentário pessoal.

Sempre fui grande admiradora do Millôr Fernandes e fiquei ressentida ao ler sobre a morte dele.

Cheguei a pensar que seria muito triste abrir o jornal e não ver mais as suas charges, mas o Millôr não se resumia apenas as charges. Ele era (porque não dá pra esquecer o talento dele!) um profissional exímio em tudo que fazia. Escrevia textos críticos, bem posicionados, digamos, expressivos, e através de suas charges nos fazia pensar de maneira leve sobre os assuntos da realidade brasileira.

O desenhista que era escritor se tornou jornalista com apenas 14 anos de idade ao trabalhar na revista O Cruzeiro, referência do jornalismo brasileiro; e a partir daí o seu nome, seus textos e seus desenhos passaram a fazer parte da história do Brasil.

Millôr foi um dos fundadores do jornal Pif-Paf, que durou apenas oito edições, mas foi considerado o pioneiro do jornalismo alternativo no país. Foi colaborador também do Pasquim, conhecido por ser o veículo de oposição ao regime militar.

Mas além do talento de exímio jornalista, ele teve diversos livros lançados – mais de 50 -, teve também talento para a prosa, poesia, teatro e se revelou roteirista de cinema.

Dono de um humor crítico conseguiu problemas com políticos como JK, Brizola e mais recentemente com o deputado Aldo Rebelo (PC do B – SP), oque lhe rendeu até um processo.

Fernandes passou pelos veículos de comunicação mais importantes do país, sempre alfinetando através de suas palavras que pareciam ter vida durante a nossa leitura.

É triste saber que não teremos mais um talento como este entre nós, mas nos consola o fato de saber que ele já fez muito por nós. Ao mesmo tempo, acredito que haja outras pessoas como eu, que se sentem órfãs de gente que nem ele, que nos faça pensar, indagar e criticar através de simples coisas: palavras e traços de desenho.

Vou compartilhar aqui alguns links para leitura rápida sobre o Millôr Fernandes:

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/03/fundador-de-o-pasquim-millor-se-considerava-um-escritor-sem-estilo.html

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1068397-leia-textos-de-millor-fernandes-publicados-na-folha.shtml

Um adendo: Hoje (29/03) li a postagem do meu professor da faculdade, Mauricio Stycer sobre a morte do Millôr, e não posso deixar de compartilhar o post dele sobre uma entrevista feita com esse gênio:

http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2012/03/28/de-getulio-a-lula-a-acida-avaliacao-de-millor-sobre-os-principais-presidentes-do-brasil/

E não posso deixar de mencionar o site do próprio Millôr: http://www2.uol.com.br/millor/index.htm

Portfólio

23 fev

Bem, escrever não é uma tarefa fácil, na realidade é uma arte que nem todos dominam e apenas poucos têm o dom de moldurar as palavras em medidas certas para que o texto soe da maneira mais adequada.

Eu aqui neste espaço não pretendo me mostrar artista, pelo contrário, espero abrir “as cartas do jogo” compartilhando todo o meu conhecimento e o que há de vir, além de receber críticas para agregar experiências boas.

Nesse espaço quero mostrar a minha evolução na escrita e no campo profissional, quero tornar nítida essa mudança de estilos, de ideias e pensamentos, pra justamente acompanhar o meu amadurecimento.

Basicamente as primeiras postagens serão arquivos escritos por mim e resgatados dos blogs Vinde-a-Mim e Jannallysta.

Portanto, caro leitor, não se assuste ao ler as postagens mais antigas, pois aproveitei para importar os posts que eu havia publicado no início de carreira e faculdade. Fora isso, pretendo fazer deste blog um portfólio capaz de expressar todas as habilidades que eu tenho e que poderei desenvolver, além é claro, de atualizar com a minha opinião sobre algumas coisas do dia a dia.

Entre, acesse e fique a vontade. Esse espaço é democrático, feito por mim e por quem mais quiser colaborar!

PS: Devo agradecer a insistência de algumas pessoas para que eu criasse esse espaço: Jorge Carnetti, Tatiane Caçula, Márcio Cruz e Diego Augusto

Educação

20 mar

Essa semana saiu o resultado do IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), que avalia a situação das escolas estaduais do Estado, divulgou, em escala que varia de 0 a 10, as notas das instituições de ensino.

O que impressiona é que a nota mais alta foi 4, 13, do colégio Profº Ênio Voss, na zona sul da cidade de São Paulo, e a pior foi de 0,40 do colégio Profº Renato de Arruda Penteado.

Segundo a matéria do portal FolhaOnline, os professores das sessenta melhores escolas, vão ganhar um bônus pelo resultado. Mas entre as sessenta escolas, sete delas recuaram na avaliação e, portanto, os professores não vão receber a gratificação.

O curioso, é que a escala de avaliação é de 0 a 10, e nenhuma das 573 escolas do estado atingiram sequer a média 5, e os professores ainda vão ganhar bônus? Professores, me desculpem, mas não acho correto essa maneira de incentivo, leva ao relaxamento. E creio que a medida que devia ser adotada, seria sim, a de oferecr bônus, a partir da próxima avaliação e para as escolas que obtivessem nota igual ou superior a 5 pelo menos. Porque essa é uma escada que se deve subir aos poucos rumo a nota 10.

Reconheço que os nossos mestres não tem menores condições de trabalho, mas esse estímulo é necessário para que haja uma melhora nas próximas avaliações, e os bônus devem ser estendidos aos alunos também,através de bolas de estudos em cursos superiores e cursos profissionalizantes, para que se apliquem mais aos estudos, e porque sabemos que essa é a melhor maneira de evitar a crescente violência.

O curioso, na verdade para a minha decepção, é que na época em que eu estudava, onde eu estudava, havia uma briga muito acirrada entre outros dois colégios pela disputa de quem seria o melhor: Andronico de Melo, Fernão Dias Paes e Godofredo Furtado.

Lembro-me de um ano em que o Andronico ficou em segundo, o Fernão em sexto e o Godofredo em sétimo. Lendo a relação das escolas, sequer achei o Andronico, creio que por pura cegueira, o Fernão ficou em 66º colocado e o Godofredo em 87º.

Colégios que eram considerados tão bons, as mães precisavam dormir em filas para conseguir vagas, e que no passado diversas personalidades políticas estudaram, e hoje as vejo fadadas ao fracasso, entregues às drogas e ao desrespeito total aos professores.

Nossos uniformes, sempre impecáveis, trocados por cabelos entupidos de gel e multicoloridos e por roupas pretas, além de outras idiotices.

Infelizmente, passo pela Rua João Moura, no bairro de Pinheiros, e vejo tantos jovens estranhos em frente a escola, tantas meninas “indecentes”, vulgo “periguetes” que devem ter entre seus 15 anos, que vivem como pessoas de 25 anos, em orgias, jogatinas, bebedeiras…

Lamento que esse seja o futuro do País, mas espero que esse futuro ude, sinceramente, porque senão, os meus filhos de uma geração após a essa estrão entregues ao desrepeito totala e a uma sociedade fadada ao fútil.

Para ler a lista do ranking das escolas: http://media.folha.uol.com.br/cotidiano/2009/03/18/ranking_ensino.pdf

Lembranças

26 abr

O que é a vida, senão um amontoado de lembranças que temos em nossas memórias?
Também é a observação das lembranças dos outros, que nos servem como exemplos do que devemos ser um dia.
Quem nunca ouviu um dia: “Olha você tem que estudar, porque assim você será alguém na vida. Terá oque quiser, comprará oque quiser, porque você vai ganhar dinheiro pra isso.” “Ou pra não ser que nem sua mãe ou seu pai, que não teve oportunidade de ser alguém na vida.”
Pois é, mas hoje que somos ‘grandes’, sabemos que, a verdade não é essa, e que o mundo não é tão fantasioso e fácil assim.
O mundo parece uma verdadeira cova dos leões, igual àquela da bíblia, cheia de feras famintas que não vêem a hora de nos devorar.
E cabe a cada um de nós criarmos caminhos para nos esquivarmos desses leões famintos. Mesmo sabendo do risco que corremos de nos frustarmos por não fazermos exatamente igual à lembrança que nos foi exposta.
Me vem agora à cabeça um trecho do texto do magnifico Cláudio Abramo, jornalista que revolucionou os jornais talvez, os mais importantes do país, O Estado de São Paulo e a Folha.
Esse artigo dele foi escrito bem antes de eu nascer, em Paris no dia 24 de junho de 1962, para a Folha de São Paulo:
“…Um homem é feito de memórias, de frustações e de sentimento de que errou na existência, mesmo quando os outros pensam que ele acertou. O homem é, enfim, solitário diante de si mesmo, vítima de sua própria versão, adversário do próprio modelo, espelho da sua própria condição de ser limitado pelo tempo e pelo espaço…”

Ciclo de vida

25 abr

Chão, torneira, banho. Toalha, gavetas, guarda- roupa, bota, calça, camisa e cinto. Escadas, banheiro, pasta e escova. Cozinha, geladeira, pão de forma, queijo e sanduícheira. Mesa, cadeira, café e jornal. Banheiro, pasta e escova. Maquiagem, escova de cabelo, batom. Sala, estante, agenda, caneta, bolsa e carteira. Dinheiro, bilhete único e o crachá, imprescindíveis! Ônibus, trajeto, empresa, portaria, bom dia! redação, computador, ‘log on’,programa, mensagem, ‘e-mail’, jornal. lauda, fita, ilha. Ilha, programa, lauda nova. Almoço, conversa, caminhando até redação. Internet, agência de notícias, lauda, fita, ilha. Ilha, programa, lauda nova. Tchau! Ônibus, trajeto, faculdade, aula. Boa noite! Ônibus, trajeto, casa, portão, sala, quarto e cama. Que sono!

E, Sampa tremeu….

24 abr

Anteontem foi o dia que todo mundo de São Paulo e dos estados próximos tremeu. Bom, todo mundo é muita gente, porque eu não senti absolutamente nada. Mas dona Rosa sentiu.
Dona Rosa é minha mãe, ela estava deitada e quando sentiu a cama tremer disparou: Ai credo, o quê tá fazendo a cama tremer? Eu respondi nada mãe, deve ser a “Lilica Furacão,” e tudo ficou por isso mesmo.
Pelo menos deveria ficar, porque fui na casa da minha cunhada conhecer o novo membro da família do meu namorado, o Alexandre. Enfim, vamos ao novo membro!
Conheci aquela pequena criatura, cujas mãozinhas não dão nem um terço da minha, e os olhinhos mimosos abrem e fecham sem entender nada que se passa a sua frente. Esse é João Pedro, JP para os mais íntimos. Fofíssimo, apesar dos poucos dias de vida, sete para ser mais exata. Percebi que o garotinho gosta mesmo é de um colo, quando eu o colocava no berço parecia que ele se sentia arremessado e desatinava ao choro.
Logo voltei pra casa e ao ver sinal de plantão me assustei. É claro que a primeira coisa que veio a minha cabeça era alguma informação que não tinha nada de relevante sobre o caso Isabella.
Pela primeira vez nos últimos vinte dias, errei.
Era um ‘terremoto’ em Sampa. Caraca!
Um abalo sísmico atingiu não só São Paulo, mas o Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina também.
Que coisa não? E ainda por cima a minha mãe afirma que não estava errada quando disse que a cama tremeu.
Posso parecer louca ao afirmar isso mas é uma pena que esse abalo só durou cinco segundos. Quem sabe se tivesse durado mais cinco, mudasse a história do país, e eu queria ver o que o nosso ilustríssimo presidente faria para socorrer tanta gente que se juntaria a tantas ‘outras gente’ que ficariam sem o mínimo pra sobreviver já que aqui nessa terra de loucos oque prevalece é contrariedade dele aos reajustes para impedir que os idosos que fizeram tanto pelo país, tenham um mísero reajuste em suas aposentadorias.
Ps: Pra quem não sabe do que estou falando leiam em http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL421841-9356,00-LULA+ATACA+PROJETO+QUE+ELEVA+REAJUSTE+A+APOSENTADO.html

 

Einstein poeta

23 abr

Hoje estou meio sem criatividade para fazer um texto. Mas vou deixar aqui um belo poema de Einstein, que quem diria, além de cientista escrevia. E escrevia muito bem.
Escrevia tão bem, que inventou aquelas malditas fórmulas que todos aprendem na escola e outros continuam usando pela vida toda. Eu, graças o bom Deus, optei por não usá-las, a não ser que seja muito necessário.
Sem mais, vamos ao poema:

ENQUANTO HOUVER AMIZADE

Pode ser que um dia
deixemos de nos falar
Mas , enquanto houver amizade
faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe.
Mas, se a amizade permanecer,
um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos.
Mas, se formos amigos de verdade,
a amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos.
Mas, se ainda sobrar amizade,
nasceremos de novo um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe.
Mas,com a amizade construiremos
tudo novamente,
cada vez de forma diferente,
sendo único e inesquecível cada
momento que juntos viveremos
e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver sua vida.
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar, que todas as
coisas são um milagre. ( Albert Einstein- 1.879/1955)

Os MANDAMENTOS do jornalista

21 abr

Falta de originalidade? Pode ser. Mas quem é original hoje em dia? Todo mundo plagia todo mundo e ponto!
Entretanto, neste textinho, vou dar os créditos à minha amiga, colega de trabalho, conhecida, Cinthia.
Lá no blog dela( http://blogdacinthya.blogspot.com/), são dados outros créditos da procedência desse texto.

Contam os alfarrábios que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele “conhecimento” iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado.
Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam “semi-deuses”, já havia aquele que iria trair as determinações divinas… aí aconteceu o pior!…Deus, bravo com a traição resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:

1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela sua chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescer.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em xeque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos, com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem, e não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior… inexplicavelmente existirá um legião de “focas” brigando para ocupar o seu lugar.Desse modo, jornalista nenhum temerá o inferno!