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Assédio Sexual no Trabalho: O que fazer?

3 abr

Por Annally Lima ( Publicado no blog Sou Diva em 17/09/2011)

Muitas mulheres sofrem caladas com esse mal que atinge diretamente a carreira e o rendimento profissional

 Desde o momento em que as mulheres ingressaram em massa no mercado de trabalho têm passado por algumas situações que as impedem de ter uma real igualdade entre elas e seus colegas homens.

As situações mais corriqueiras são a desigualdade no plano de carreira, na remuneração e nas oportunidades, mas há também um problema profundo,  tão encoberto que sequer são citados, como o assédio sexual no ambiente de trabalho.

Com um pouquinho de curiosidade fomos pesquisar em um dicionário; a própria origem da palavra nos dá uma dica: assédio vem do latim obsidere, que significa ‘pôr-se diante’, ‘sitiar’, ‘atacar’.

Como identificar a situação de assédio

É claro que o assédio é sempre uma ação de poder, ou seja, o assediador é um superior hierárquico da pessoa assediada. Nada mais é que uma proposta ou uma insinuação sexual repetida e não desejada por uma das partes. Essa proposta ou insinuação pode ser verbal, subentendida, gestual ou física. A partir disto fica claro concluir que o assédio sexual também é uma chantagem do tipo “se você não fizer o que eu quero, posso te prejudicar”.

O que diz a Organização Internacional do Trabalho?

A OIT é um órgão das Nações Unidas (ONU) e caracteriza assédio sexual no trabalho quando há presença de uma das seguintes particularidades atingindo a pessoa assediada:

• ser claramente uma condição para dar ou manter o emprego;

• influir nas promoções e/ou na carreira;

• prejudicar o rendimento profissional;

• humilhar, insultar ou intimidar.

A pessoa não é culpada pelo assédio

Muitas vezes a mulher fica com a mente atordoada e se pergunta coisas do tipo: “será que eu estou me vestindo da maneira errada?”, “será que eu dei algum sinal para que ele avançasse?”, ou ainda os próprios colegas de trabalho em atitude machista insinuam que a única culpada pelo assédio são as próprias vítimas, pela maneira de se comportar, de se vestir. Entretanto, devemos enfatizar que assédio não é uma forma de flertar, mas uma chantagem exercida por alguém hierarquicamente superior.

Assédio não é flerte

Não podemos confundir assédio sexual com flerte, paquera ou cantada. Lutar contra o assédio não é impedir que haja atração entre colegas de trabalho e que eles se relacionem, é claro que este tipo de ambiente requer maior discrição, mas devemos ter em mente que o assédio nunca é recíproco, ele sempre alia os sentimentos de desejo e poder apenas de um dos lados. É a mesma coisa que uma barganha, um favor sexual em troca de alguma coisa.

Violência e crime

O assédio é uma forma de violência uma vez que coage a vítima. Ele geralmente é repetitivo, a estratégia do assediador é de convencer pela insistência. Desde maio de 2001 nossa legislação passou a tratar o assédio sexual como crime, previsto no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro, punido com detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

As consequências

Muitas mulheres que sofreram assédio tiveram suas carreiras destruídas ou perderam seus empregos ao dizerem não ao assediador. Aliado a isso sofreram danos emocionais, tais como estresse, perda de concentração, insegurança, baixa auto-estima; também sofreram danos de ordem profissional, pois faltam mais ao trabalho e têm o salário reduzido.

O que fazer em caso de assédio?

A primeira coisa, e a mais importante é romper o silêncio. Sair da posição submissa e dizer NÃO ao assediador, além de providências como:

• contar para as/os colegas o que está acontecendo;

• reunir provas, como bilhetes, presentes e outras;

• arrolar colegas que possam ser testemunhas;

• reportar o acontecido RH da empresa;

• reportar o acontecido ao Sindicato;

• registrar queixa na Delegacia da Mulher e, na falta dessa, em uma delegacia comum.

Para acabar de vez com essa violência

Lutar contra o assédio sexual não é uma guerra entre homens e mulheres. Essa é uma luta de todos, inclusive de homens que têm esposas e filhas que trabalham fora; para todos aqueles que desejam um ambiente de trabalho agradável e por um mínimo de coerência querem justiça.

A luta contra o assédio faz parte da luta pelos direitos de todos os seres humanos para um mundo melhor.

Como escolher a roupa certa para trabalhar

16 mar

Por Annally Lima (Publicado em 13/08/11 no blog Sou Diva)

A mulher do século XXI está longe daquela imagem de Amélia que ficava à beira do fogão esperando o marido voltar do trabalho.

Nos dias de hoje é bem comum vermos mulheres que fazem o papel de pai, mãe, dona de casa e de mantenedora da família. A mulher moderna tem que ir à luta também, seja casada ou solteira, ela quer ir em busca de seus objetivos pessoais.

Mas como ser feminina com tantas funções acumuladas sobre si? Como ser delicada e ao mesmo tempo passar seriedade ao se vestir para o emprego?

Esse é o tipo de dúvida que muitas mulheres têm, mas uma máxima é certa para acertar no ambiente de trabalho: menos é mais. Ou seja, quanto mais discreta a mulher for, mais elegante ela será.

Mas é necessário levar em conta qual o ambiente que a pessoa está empregada, se é mais formal como um escritório ou instituição financeira, ou se é mais flexível como agências de publicidade e marketing.

O segredo está justamente na combinação de roupas confortáveis, mas que sejam discretas e apresentem bem a empresa, afinal você faz parte da imagem do local.

Aposte em roupas com cores neutras, sapatos confortáveis e esqueça os decotes, as cores vibrantes e os acessórios muito chamativos para não parecer vulgar.

A maneira correta de se vestir faz com que você se sinta bem para desempenhar a sua função e mostra o respeito que você tem pela empresa e os demais colegas de trabalho.

Se for uma entrevista de emprego, não esqueça de usar esmaltes de tons claros como areia, via Láctea ou renda, que não chamam a atenção.

Tenha cuidado com os cabelos, se forem compridos ou armados, o melhor é prendê-los, para evitar que chamem muita atenção.

Afinal, não podemos perder a chance de passar uma boa impressão logo no primeiro encontro. Neste caso, o clichê é bem válido.

Algumas dicas valem para montar um guarda roupas bem diversificado e antenado na moda sem prejudicar o próprio estilo:


– Gosto pessoal

– Estilo da empresa

– Cargo ocupado

– Tendências da moda

O que deve ser evitado a qualquer custo:

– Transparências

– Roupas curtas

– Decotes e tomara que caia

– Sutiã visível

– Barriga aparecendo

– Calças muito justas

Outras dicas para lembrar e não fazer feio:

– Não use perfumes fortes: nem todos podem ter o mesmo gosto que o seu.

– Acessórios: não use brincos, anéis e pulseiras exagerados. Em excesso, eles fazem a mulher parecer vulgar.

– Maquiagem: use uma bem leve no dia a dia apenas para ressaltar a sua beleza natural. As mais elaboradas ficam pra uma festa à noite.

Baseada nestas preciosas dicas, monte seu look diário para trabalhar sem medo de errar e mostre a grande profissional que você é.

Trabalhos acadêmicos III

2 maio

Aqui neste espaço, como fora escrito anteriormente, vou publicar meus trabalhos.
Vou postar aqui um trecho de uma entrevista feita com o apresentador da Rede Record, João Santos.

Da Bahia para o Brasil

Perg.: Você fala que sofreu racismo, para você o Brasil é racista?
Sim, claro. Apesar de algumas leis tentarem acabar com esse preconceito, com o racismo. Mas infelizmente, no país existe o racismo velado e o racismo declarado.
O racismo velado é quando o governo cria uma lei de que nos comerciais, nas propagandas deve ter uma porcentagem de negro. É claro que aquele negro está ali apenas para cumprir a lei. Entretanto se não existisse essa lei, como não existia antigamente, não seria assim.
E o racismo declarado é o racismo que existe de boca, aquele que as pessoas xingam, denigrem a imagem de outros, enfim, isso ai a gente conhece bastante no dia a dia de cada cidade, de cada capital do país.

Perg.: Como foi pra você receber o convite para vir a São Paulo ser um dos principais âncoras do Record News?
São Paulo pra mim, seria o último lugar do mundo para vir trabalhar. Eu pensava em ir para outras praças, mas nunca São Paulo. Me fizeram o convite e eu fiquei muito honrado em ser escolhido, pra mim foi uma alegria, tanto que na equipe dos apresentadores da Record News, eu sou o único que vem de outra praça, venho de Salvador na Bahia. Em sua maioria, os 99% dos apresentadores já estavam aqui. Bem, aqui em São Paulo eu continuo minha caminhada, fazendo sempre o melhor, procurando a perfeição, apesar de saber que a perfeição está muito distante. Você acerta hoje e erra um pouco amanhã, mas nos lapidando a cada dia.

Perg.: E pra finalizar, qual é a mensagem que você deixa para os “aspirantes à jornalistas?”
No Brasil, eu percebo que as universidades são declaradamente um mercado. Há pouco tempo tivemos o caso de uma faculdade em que um garoto de 8 anos passou para o curso de direito. Bom, eu não sei como foi esse processo seletivo, como ele se deu, mas estou citando apenas para ilustrar, que faculdade virou um mercado. Cabe ao estudante procurar uma instituição que tenha idoneidade junto ao Ministério da Educação, que o curso seja reconhecido.
Do outro lado, vem a satisfação pessoal. Eu quero ser jornalista, mas eu não posso ser um jornalista apenas idealista. Nem sempre as minhas idéias serão aceitas, ou quase nunca aceitas, ou talvez aceitas. Na realidade eu tenho que buscar o seguinte: que bom se as minhas idéias pudessem ser aplicadas na ecologia, na administração da cidade, na administração do país, com o síndico do meu prédio, no serviço de saúde, ou na política, mas eu devo entender que não posso mudar o mundo sozinho.
Eu vejo que tem um grande número de estudantes que querem fazer jornalismo, que fazem jornalismo, e acham que vão mudar o mundo, mas não é por ai. Quando eles se formam, concluem o curso, e partem para o mercado de trabalho, muitos ficam desempregados. Eu não sei se existe mercado para todo mundo, mas isso eu não estou falando pra desincentivar a pessoa, o que eu estou dizendo, é que nem sempre as minhas idéias serão compradas pela maioria, ou serão aplicadas, por isso muitos ficam frustrados. Portanto, antes de você ser jornalista idealista, seja um jornalista profissional, um jornalista da notícia, da informação, um jornalista verdadeiro. Um jornalista que vai passar o que realmente está acontecendo. Mas ai você pensa, que muitas vezes o jornalista não vai fazer a vontade dele de falar a verdade, mas ele tem que ser o mais isento possível, porque os seus desejos, os seus princípios vão ficar com você, mas você tem que ser profissional. Com toda a certeza isso vai fazer de você, um jornalista feliz.

 

Lembranças

26 abr

O que é a vida, senão um amontoado de lembranças que temos em nossas memórias?
Também é a observação das lembranças dos outros, que nos servem como exemplos do que devemos ser um dia.
Quem nunca ouviu um dia: “Olha você tem que estudar, porque assim você será alguém na vida. Terá oque quiser, comprará oque quiser, porque você vai ganhar dinheiro pra isso.” “Ou pra não ser que nem sua mãe ou seu pai, que não teve oportunidade de ser alguém na vida.”
Pois é, mas hoje que somos ‘grandes’, sabemos que, a verdade não é essa, e que o mundo não é tão fantasioso e fácil assim.
O mundo parece uma verdadeira cova dos leões, igual àquela da bíblia, cheia de feras famintas que não vêem a hora de nos devorar.
E cabe a cada um de nós criarmos caminhos para nos esquivarmos desses leões famintos. Mesmo sabendo do risco que corremos de nos frustarmos por não fazermos exatamente igual à lembrança que nos foi exposta.
Me vem agora à cabeça um trecho do texto do magnifico Cláudio Abramo, jornalista que revolucionou os jornais talvez, os mais importantes do país, O Estado de São Paulo e a Folha.
Esse artigo dele foi escrito bem antes de eu nascer, em Paris no dia 24 de junho de 1962, para a Folha de São Paulo:
“…Um homem é feito de memórias, de frustações e de sentimento de que errou na existência, mesmo quando os outros pensam que ele acertou. O homem é, enfim, solitário diante de si mesmo, vítima de sua própria versão, adversário do próprio modelo, espelho da sua própria condição de ser limitado pelo tempo e pelo espaço…”

Ciclo de vida

25 abr

Chão, torneira, banho. Toalha, gavetas, guarda- roupa, bota, calça, camisa e cinto. Escadas, banheiro, pasta e escova. Cozinha, geladeira, pão de forma, queijo e sanduícheira. Mesa, cadeira, café e jornal. Banheiro, pasta e escova. Maquiagem, escova de cabelo, batom. Sala, estante, agenda, caneta, bolsa e carteira. Dinheiro, bilhete único e o crachá, imprescindíveis! Ônibus, trajeto, empresa, portaria, bom dia! redação, computador, ‘log on’,programa, mensagem, ‘e-mail’, jornal. lauda, fita, ilha. Ilha, programa, lauda nova. Almoço, conversa, caminhando até redação. Internet, agência de notícias, lauda, fita, ilha. Ilha, programa, lauda nova. Tchau! Ônibus, trajeto, faculdade, aula. Boa noite! Ônibus, trajeto, casa, portão, sala, quarto e cama. Que sono!

Os MANDAMENTOS do jornalista

21 abr

Falta de originalidade? Pode ser. Mas quem é original hoje em dia? Todo mundo plagia todo mundo e ponto!
Entretanto, neste textinho, vou dar os créditos à minha amiga, colega de trabalho, conhecida, Cinthia.
Lá no blog dela( http://blogdacinthya.blogspot.com/), são dados outros créditos da procedência desse texto.

Contam os alfarrábios que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele “conhecimento” iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado.
Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam “semi-deuses”, já havia aquele que iria trair as determinações divinas… aí aconteceu o pior!…Deus, bravo com a traição resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:

1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela sua chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescer.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em xeque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos, com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem, e não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior… inexplicavelmente existirá um legião de “focas” brigando para ocupar o seu lugar.Desse modo, jornalista nenhum temerá o inferno!