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Fé irracional

12 jun


Por : Annally Alves

Como temos falado sobre a ação da fé nas vidas humanas – vide nos posts anteriores: Fé & Longevidade, Cura através da fé: Será possível?, e em OS DESAFIOS DA FÉ – vamos comentar agora sobre um outro ponto da fé: a irracional. Mas o que seria a fé irracional?
Segundo o fundador da Igreja universal do Reino de Deus, Edir Macedo, em seu programa de rádio, que vai ao ar na Rede Aleluia (99,3 FM), a fé irracional, acontece quando a pessoa não usa a inteligência, ou seja, “bitolada” em uma doutrina, e não é capaz de enxergar que a medicina e outras ações em prol do ser humano devem ser usadas na maneira de viver do cristão.
Para ser mais explícito, é quando uma pessoa acha que apenas acreditando no poder de Deus, sem ir ao médico, vai ser curada.
No texto Sagrado há inúmeras referências a inteligência que Deus deu ao homem, uma delas é citada em Gênesis, o livro que fala da criação da terra, dos animais, e da vida humana, diz: “Deus criou o homem à sua imagem e semelhança” (Gênesis 1:26), isso nos faz acreditar que o homem é capaz de desenvolver inúmeras habilidades, inclusive a medicina. Logo, a fé inteligente, de acordo com o bispo, é se aproveitar desses recursos para, inclusive, a manutenção da própria vida. Afinal se o médico é capaz de tratar, é porque Deus deu sabedoria suficiente para alguém, no passado, desenvolver este tipo de “habilidade.”
Infelizmente há muitas pessoas em diversas igrejas evangélicas que se recusam a passar por cuidados médicos quando estão enfermas. E há casos de pessoas que sofrem danos irreparáveis à saúde, ou morreram por se recusarem a ouvir um médico.
Um estudo feito pelo médico Riad Yunes com três mil pacientes de câncer de mama no Hospital do Câncer de São Paulo mostra o quanto essa possibilidade é real. Segundo o trabalho, 20% das mulheres preferiram fazer tratamentos espirituais antes de se submeter à cirurgia e tomar os medicamentos indicados pelos médicos. “Quando voltaram ao hospital, três ou quatro meses depois, os tumores tinham dobrado de tamanho”, diz Yunes.
Na contramão disso, dona Rosa, de 63 anos, teve câncer de mama, diagnosticado maligno, hoje está completamente sã. Ela disse que ao descobrir a doença foi conversar com o pastor da igreja que frequenta, “ele me orientou a fazer todo o tratamento médico, inclusive retirar o seio se necessário, porque Deus também está na medicina, dando inteligência para que os médicos curem.” Ela ainda complementa, ” porque na própria Bíblia está escrito que Ele nos ajudará, mas devemos fazer a nossa parte também, e a nossa parte, é seguir as instruções médicas.”
Façamos a nossa parte, então.
Se você tem dúvidas, ou sugestões, comente em nosso blog.

OS DESAFIOS DA FÉ

14 maio

Por: Annally Alves
No primeiro post sobre o assunto FÉ & LONGEVIDADE, discutimos diversos estudos realizados sobre a influência que a crença exerce sobre o modo de vida de uma pessoa. No seguinte, Cura através da fé: Será possível?, trouxemos o relato de um jovem que afirma ter sido curado através da fé.
Hoje, vamos mostras algumas opiniões de especialistas do assunto.
A discussão sobre a espiritualidade e seus efeitos tem ganhado espaço em diversos veículos de comunicação aos longo de vários anos. Tanto que em meados de 2005, um novo campo do conhecimento foi criado, a neuroteologia. Na realidade, a neuroteologia já existe há muito tempo, as primeiras escritas são datadas de 1892, nos quais os textos falavam das doenças cerebrais, como a epilepsia e a ligação com o emocional. A neuroteologia é uma área de pesquisa que se dedica ao estudo da respostas das regiões cerebrais em face da fé e da espiritualidade.
Os cientistas, estimulados por essa realidade, procuram respostas para entender de que maneira esse sentimento interfere na manutenção ou recuperação da saúde. Há algumas explicações, e uma delas se baseia numa verdade óbvia: quem tem uma crença, tem uma qualidade de vida mais saudável. “Os estudos comprovam que a religiosidade proporciona menos comportamentos auto-destrutivos como suicídio, abuso de drogas e álcool, menos stress e mais satisfação. A sensação de pertencer a um grupo social e compartilhar as dificuldades também contribuiria para manter o paciente amparado, com melhor qualidade de vida”, explica o psiquiatra Alexander Almeida, do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).
Mas para os pesquisadores, essa resposta é só o ínicio. O que eles querem saber, é o que se passa na intimidade do organismo humano, quando as pessoas oram, leem textos sagrados, como a Bíblia, e qual é o impacto disso na capacidade de criar defesas contra as doenças. Embora, os estudos não sejam conclusivos, acredita-se que esse acontecimento esteja relacionado a mudanças produzidas pela fé na bioquímica do cérebro.”Setores do sistema nervoso relacionados à percepção, à imunidade e às emoções são alteráveis por meio das crenças e significados atribuídos aos fatos, entre outros fatores. Assim, um indivíduo religioso tem condições de atribuir significados elevados ao seu sofrimento físico e padecer menos do que um ateu ou agnóstico”, explica o psicólogo e clínico João Figueiró, do Centro Multidisciplinar da Dor do Hospital das Clínicas (HC/SP).
Para Raul Marino Jr., um dos pesquisadores da área, neurocirugião, chefe do setor de neurocirurgia do Hospital das Clínicas de São Paulo e autor do livro ” A religião do cérebro – editora Gente”, “práticas como a prece, a meditação e a contemplação modificam a produção de substâncias do cérebro que tem atuação em locais como o sistema límbico, envolvido no processamento das emoções.”
Nas faculdades de medicina, o tema começou a ser abordado, A Universidade Federal do Ceará, em 2004 abriu um curso opcional com duração de 20 horas. Segundo a criadora da disciplina, a professora de histologia e embriologia humana Eliane Oliveira, ” a mudança está ligada a uma nova abordagem da escola médica, focada na humanização do relacionamento do médico com o paciente.”
Há médicos que fazem questão de estimular a prática da espiritualidade com seus pacientes, um deles é Eymard Mourão Vasconcelos, da Universidade Federal da Paraíba e pós-doutorado em espiritualidade e saúde pela Fundação Oswaldo Cruz. Para ele, não há dúvidas quanto ao poder da fé para a recuperação dos doentes. “É preciso despertar a garra em portadores de enfermidades. Isso não se faz com conhecimento técnico, mas mexendo com a emoção profunda da espiritualidade”, frisa.
Paulo César Fructuoso, cirurgião oncológico e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia, também usa a ferramenta da fé em seus tratamentos, mas ressalta que mesmo com a crença, “nenhum tratamento médico deve ser interrompido.”
Essa declaração nos faz chegar a outro ponto importantíssimo, quantas pessoas não abrem mão dos cuidados médicos acreditando apenas em sua própria fé? E o que os príncipios bíblicos dizem a respeito? É o assunto do nosso próximo post.
E você caro leitor, já respondeu a nossa enquete? Participe deste blog deixando a sua opinião sobre este assunto. Até a próxima!

Cura através da fé: Será possível?

22 abr

Por : Annally Alves

Em continuação ao tema abordado no post “Fé e longevidade”, conversamos com o jovem Lucas*. Ele foi curado de câncer na garganta e acredita que foi através da fé que obteve a cura da doença.

Neste post, queremos mostrar a história de uma pessoa que acredita nos estudos relatados na matéria anterior.

Lucas, aos catorze anos de idade descobriu que tinha um câncer maligno na garganta. Segundo os médicos, aquele tumor poderia ser retirado da garganta, mas provavelmente, voltaria ainda mais violento em outros lugares.

“Lembro que a minha mãe ficou muito mal, tentava me passar tranquilidade, mas eu sabia que ela estava cheia de medo de me perder pro câncer.”

A partir disto a mãe de Lucas passou a frequentar uma igreja evangélica, em busca de conforto para a situação que viviam. Ele nos conta que dona Ana*, a mãe dele, passou a voltar mais confiante dos cultos da igreja. Sempre que iam aos médicos para uma nova consulta e estes não diagnosticavam uma melhora da doença, ao invés de chorar ela se mostrava confiante e passava uma tremenda segurança para ele.

Alguns meses depois Lucas, os outros dois irmãos e o pai, começaram a visitar a igreja.
“Gostei muito de lá, me senti amparado por Deus, e entendi que Deus não queria me ver doente daquela maneira. Antes eu nem sabia o que era oração, mas depois, sempre orava pedindo para que Deus me curasse.”

Lucas começou a passar por um forte tratamento contra a doença, foram necessárias diversas seções de quimioterapia, em sua dose mais forte, passou a fazer rádioterapia para combater o tumor. Essa foi a época de maior sofrimento, nos confirma dona Ana. Ela diz: “mas nesta hora que todos nós nos aproximamos ainda mais de Deus, e pedimos uma resposta para aquela doença horrível, e que em pouco tempo acabaria tirando o meu filho de mim.”

Como de costume, dona Ana levou Lucas ao médico para que ele avaliasse o efeito do tratamento contra o câncer. Mas naquele dia todos tiveram uma grande surpresa.

” O médico, não sabia se desconfiava do resultado, ou se ficava feliz, mas disse que algo estranho tinha acontecido. Perguntamos o que era, e ele nos respondeu que não constava mais nada nos meus exames.”

Como de costume na medicina, o médico que cuidava de Lucas pediu outro exame que veio a comprovar o resultado do exame anterior.

Inexplicavelmente, ou não, Lucas estava curado do câncer que tinha na garganta. Hoje, quatro anos depois, ele e a família ainda frequentam a igreja, e confirmam que se não fosse a fé que eles têm em Deus, esse milagre não teria sido possível.

E Lucas ainda afirma que para ele, a saúde, e a longevidade estão diretamente ligadas a crença em Deus.

Mas o que será que especialistam acham disso? É oque leremos no próximo post.

 

Obs: Os nomes nesse blog foram trocados a pedido do entrevistado.